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Atitude de mestre

22 ago

Eu confio em Dilma Rousseff na mesma proporção que não concordava com o estilo de Lula. Enquanto ela tem uma postura mais reservada, sóbria, de presidente, ele preferia ser fanfarrão, adorava quebrar protocolos e as regras gramaticais. Não que eu seja defensor dos protocolos, mas quem é símbolo deve se comportar e servir de exemplo.

            Enquanto ele aumentou os gastos com o funcionalismo público, teria sido peça-chave para o Mensalão se desenrolar, fez discursos populistas e demagogos, incentivou a ignorância… ela quer diminuir os gastos e atua firme nos ajustes econômicos. Além de ser centrada naquilo que se propõe a fazer.

            Dilma não é egoísta. Na década de 90, quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso decidiu privatizar a Rodovia Presidente Dutra e a Companhia Vale do Rio Doce, o Partido dos Trabalhadores (PT) massacrou tal atitude.

            Hoje, após inúmeras experiências fracassadas de o Estado desatar o grande nó que atravanca o Brasil, ela convocou os empresários mais bem-sucedidos para oferecerem soluções. E o que se ouviu foi surpreendente. Portos, aeroportos, ferrovias e rodovias passarão a ser controlados pela iniciativa privada.

            É sabido que o Poder Público não tem capacidade para gerir tudo o que se propõe a oferecer. Aqui no Brasil é pior ainda. Como uma caixa craniana sem cérebro, o Estado engatinha, babando e fingindo administrar, haja vista o caos aéreo, a ineficiência das ferrovias, rodovias em petição de miséria… Agora, como no futebol, tocou-se a bola a quem sabe jogar.

            Além de reformas e construções, as empresas envolvidas deverão ser responsabilizadas pela qualidade dos serviços prestados. Dilma ainda poderá oferecer abatimento ao se recolher o Imposto de Renda pelas empresas na medida em que as obrigações sejam cumpridas.

            Agora, creio que o país vai crescer como nunca antes se viu. Empresários do Poder Privado não brincam em serviço: querem lucro, resultados. Enquanto isso, o Poder Público tem seus pés colados na ineficiência de seus gestores e na embromação das leis. Dilma teve uma atitude de mestre.